Desde

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26.10.10

Religiao e Politica

Escrevi este texto porque acredito em Deus, nas pessoas e num mundo melhor.

Os Direitos Humanos me dizem que todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão  e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. Mas como podemos falar de liberdade se os Governos de hoje querem decidir por mim o que é pecado. Justo ele, que tantas e tantas vezes nao tem nem mesmo bom senso. E se seu Deus nao é o mesmo meu? E se minha razao me faz mais integra que a sua religiao? E se eu decido ir para o inferno depois de morta em vez de padecer em vida? De que me adianda o livre-arbitrio se decidir por minhas atitudes nao é uma competencia minha? Dizem que politica e religiao nao se misturam, mas como defender este argumento em um mundo onde governantes se auto-proclamam Deus com direito de vida ou morte sobre as pessoas, constroem templos da propria vaidade e vendem a todos os seus partidarios pedaços do paraiso? A ditadura da massificaçao. Em muitos olhos cheios de fé é facil de se ver a morte e a intolerancia espelhada. Nao precisamos de acreditar, todos, em um unico "todo-poderoso", seguir os mesmos rituais ou falar a mesma lingua. Basta de tentar inventar Deus e sua verdade absoluta ou tentar provar sua inexistencia. Precisamos, isso sim, é de mais respeito. Respeitar e nao concordar. Ouvir, antes de gritar. Aceitar que somos diferentes mesmo quando somos irmaos de sangue. Entender que nao existe mal nenhum em gostar de azul em um mundo onde todos gostam de amarelo. Acima de tudo, preservar a propria vida, a vida do outro e a de todos os seres vivos porque para mim, pecado de verdade, daqueles cabeludos e sem penitencia salvadora, para o qual nenhuma Ave-Maria traz remédio, é o de fazer sofrer. E isso vale para arvores, lesmas, borboletas, coelhos, vacas, alfaces, abelhas, doentes, amigos, namorados, padres, crianças e o resto dos homens e das mulheres espalhados pelo mundo afora. Mesmo aqueles que vivem onde os direitos nao alcançam.



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