Desde

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11.10.10

Epidemia

Ela acreditava porque ja tinha ouvido falar. Pessoas, em diversas partes do mundo, apresentavam os mesmos sintomas: brilho nos olhos, boca seca, taquicardia, borboletas no estomago, falta de palavras, suor na palma das maos... Parecia real, assustador. Era como uma droga mas se propagava como um virus. Para este mal, nao existia remédio: sem prevençao nem cura. Era impossivel saber quando chegava, como se contaminava, e com a cabeça no travesseiro ela sonhava. Esperava o dia em que seria como os outros, ou nao. Nem todos eram vulneraveis. Alguns, mesmo em contato com a magia nao escatenavam nenhuma quimica, nenhuma reaçao adversa, passavam incolumes e transparentes a experiencia que jamais conheceriam. Organismos imunes, incapazes. Até que um dia, no metro. O amor.

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