Desde

Desde

30.1.12

Wake up! Stand up!

Acordar de um pesadelo pode ser mais interessante do que ter um sonho bom, até porque nos faz entender o motivo de algumas pessoas preferirem (e insistirem em) nao sonhar.

Obra Completa

Viver é como ler varios livros ao mesmo tempo: se voce nao tiver disciplina, se perde no meio de tanta historia.

28.1.12

Bom dia, eu te amo!

Realmente "eu te amo" não é "bom dia", é muito melhor!

27.1.12

Sem rumo

Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos, 
Eu estou ao meio...
Metade - Adriana Calcanhoto

A gente so perde de vista aquilo que o coraçao ja perdeu de mira.

Inverso

Para Rui Costa e Bartolomeu Campos de Queiroz

Poeta nao morre, vira verso.

26.1.12

Encontro Marcado

A morte todos os dias toma o cha das cinco com a vida. Sempre pontual. Sempre austera. Sempre severa. Tem gente que corre da morte, mas tem gente que corre pra ela. Democratica, ela nao tem preferencia: nem preto, nem branco, nem mulher, nem homem, nem velho, nem novo, nem rico, nem pobre... nem criança. As vezes, a morte so pede passagem; as vezes, passa por perto; outras, se acomoda, vai ficando; ou ainda, chega de vez e fulmina. Quando pede passagem, esconjura; quando passa por perto, arrepia; quando se acomoda, tortura; mas quando chega de vez, calmaria. Eu ja tive mais medo da morte, hoje ela é quase vizinha. Mora na rua de tras, na casa de um conhecido; na lembrança de um amigo; no meu album de retratos. No fim, tudo sempre termina: ou a gente deixa que a morte acabe com a nossa vida, ou a gente deixa a nossa vida maior do que a morte de todo dia.

21.1.12

Patua

O amuleto é o simbolo da sua fraqueza materializado.

Respiro

A solidao inspira. A liberdade expira.

8.1.12

Pirataria

O que é, o que é? Na Europa da cadeia, no Brasil da emprego...

7.1.12

Lisbela e o Prisioneiro

O amor platonico é um sentimento daqueles que poderia ser bem triste, se nao fosse ironico. Na verdade, talvez ele seja um dos ultimos tipos de amor eterno porque o que nunca aconteceu, também nunca pode acabar.

5.1.12

Porta-fortuna

Tem gente que tem a sorte de ter azar. 


Chovendo cor-de-rosa e carvão


A sombrinha é a mulher do guarda-chuva. Até (principalmente) debaixo d’água.

 

Promessas de Ano-Novo


Sei que encontrei um título meio clichê para um texto de começo de ano, mas o fato é que não existe nada mais clichê do que fazer promessas de ano-novo e também nao existe ninguém, nenhuma pessoinha neste mundo que não as faça. Mesmo que eu não conheça todas as pessoas do mundo e mesmo que elas não confessem, mesmo que não tenham coragem de assumir publicamente um compromisso que na maior parte é feito com elas mesmas... tipo um pacto de próprio sangue, entre sua razão e sua sensibilidade. Mais clichê do que isso, talvez, só escrever sobre isso.

Este ano eu vou parar de fumar. Este ano eu vou emagrecer. Este ano eu vou voltar pra academia. Este ano eu vou beber menos. Este ano eu vou trocar de carro. Este ano eu vou passar as férias na praia. Este ano eu vou trabalhar mais. Este ano eu vou ter um filho. Este ano eu vou visitar mais meus pais. Este ano eu vou pra Europa. Este ano eu me caso. Este ano eu vou aquele show. Este ano eu vou ler mais livros. Este ano vai ser diferente.

E haja 2012 pra tanta promessa, haja ano pra tantos desejos, pra tudo aquilo que a gente vai fazer de mais ou de menos do que era antes. Mas deixa eu te contar uma coisinha, uma coisinha só… se você não deixar de lado a sua listinha e não arregaçar as mangas, não tem calcinha amarela, trevinho de quatro folhas na carteira, semente de romã, oferenda pra Iemanjá, fitinha do Senhor do Bonfim, laço vermelho na perna direita e nem um milhão de ondinhas que dê jeito.

Eu, como todo mundo e como não poeria deixar de ser, também fiz minha listinha de ano-novo e enumerei todas as minhas decisões para este ano. Chamo de decisões e não de desejos porque todas elas dependem só de mim e não dos outros. Para entender melhor a diferença, não são coisas que eu gostaria de fazer, coisas que eu quero: são coisas que eu farei, inclusive, já comecei. Eu me propus, este ano, a escrever todos os dias e depois publicar aqui, mesmo que não seja no mesmo dia. Não ter um computador por perto não pode me impedir de escrever. Comprei um caderninho de bolso, daqueles que nos acompanham para toda e qualquer parte. Mesmo que eu esteja cansada, mesmo que eu não tenha assunto… me proponho a inventar. E neste exercício quero disciplinar a minha disciplina. Resolvi que este ano vou lançar um livro. Depois de muitos anos cozinhando em banho-maria este projeto, resolvi colocar os pratos na mesa e desenformar minha criação. Resolvi que vou tirar carteira de motorista, algo que nunca fiz para seguir meus princípios, que na verdade não mudaram nem um pouco, mas se adaptaram a novas situações. E decidi algumas outras coisas que por enquanto entram só naquela classificação de pacto meu comigo mesma, mas que, na medida dos acontecimentos, espero poder dividir com todo mundo. No fim das contas, tudo somado e bem dividido, eu decidi que este será um ano bem feliz, cheio de mudanças, novidades e aprendizado. E você, o que decidiu para o seu ano-novo?